Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Desiludida...

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Hoje estou assim...
Triste...
Desiludida...
Sinto-me vazia...
Decidi que não vou confiar em ninguém!...
Mais cedo ou mais tarde, todos me traiem...

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Não sou bonita...
Não sou jovem...
Nem sou sensual...
Porque me invejam???
Porque querem sempre mostrar que são melhores que eu??
Porque "roubam" a atenção dos poucos amigos que tenho???

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Eu sei o meu valor...
A minha presença não encanta...
As minhas palavras não provocam arrepios...
Os meus olhos não seduzem...
Por isso hoje estou assim...


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E não me peçam para desabafar...
Porque eu não confio em ninguém!...
NINGUÉM...
Fui traída por falar demais...
Agora só o silêncio ouvirá meus segredos...



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Porque hoje estou assim...
Só me apetece morrer...

sexta-feira, dezembro 05, 2008



Procuro-te em cada anoitecer...
Em noites de luar vagueio perdida de mim...
Tropeço numa estrela cadente, e peço-lhe um desejo...!
Invado o reino de Neptuno, na esperança que ele me conte o teu segredo...
Tento reconhecer a tua voz, no chilrear dos pássaros...
Envolvo-me na multidão, na vã glória de vislumbrar o teu olhar...
Mas é de madrugada, que invades a minha intimidade, chegas silencioso,
como num sonho, e deitas-te a meu lado...
Acendes a fogueira do meu desejo.
Sinto o calor da tua respiração, no meu pescoço, as mãos que percorrem meu
corpo são macias como a seda...
Os lábios que me devoram, são quentes e atrevidos!
Ouço o som grave da tua voz no meu ouvido, sussurando que me amas...
Entrego-me a este momento enebriante, onde nossos corpos se fundem, numa simbiose perfeita...
Abro os olhos, e vejo-te o rosto...
Os olhos cinzentos...
Esses que me enlouquecem, e que eu procuro em cada esquina!
Acordo com o Sol a acariciar-me o rosto...
Procuro-te na enorme cama, vazia de ti...
Fecho os olhos... Ainda consigo ver o teu sorriso...
Sinto o calor das tuas mãos... Os teus lábios ávidos dos meus...
E, é neste suave delírio, entre o sonho e a realidade...
Que te encontro... E me perco!...

quinta-feira, dezembro 04, 2008

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Perguntaram-me recentemente, porque razão os meus textos eram sempre tristes, a resposta é simples...
Quando estou alegre, não sinto necessidade de escrever!
Divido a minha alegria com os amigos, ofereço sorrisos pela multidão, distribuo felicidade e boa disposição...
Quando estou triste, entrego-me a uma folha em branco, desnudo meus sentimentos, dou-lhes forma em tinta preta...
Engulo lágrimas e desabafos, que alimentam a minha tristeza...
Isolo-me do mundo!
E, assim, a folha outrora branca, vai tomando a forma e a cor, da minha dor!
Em silêncio grito o que me vai na alma...
Choro até ficar seca, como um campo estéril.
E confesso:
A decepção provocada por um amigo...
A revolta por ser ignorada...
A tristeza de estar só...
A dor da incompreensão...
A frustação de dar, e nunca receber...
E, é na folha que já foi branca, que confio os meus mais intimos segredos, e tenho dela, a promessa de sempre me apoiar...
Com a vantagem de estar sempre aqui...
Pronta para me ouvir!

terça-feira, novembro 25, 2008





Não sei bem o que quero escrever e nem sei se quero...
Mas preciso.
Preciso gritar aqueles gritos que sufocamos na alma ao perder um grande amigo.
Ao não entender porquê... (porquê meu Deus?)
O amor...
O mais genuíno
O mais franco e verdadeiro
Tantas vezes... Parece não bastar.
Fico pensando se as vidas têm desenhos parecidos.
Se os meus zig-zags são apenas o reflexo de outros tantos.
Ou se sou eu
Ou tudo à minha volta...
Que tem esse carácter sempre provisório.
Sendo eu tão afeita à eternidade dos meus sentimentos.
Sim. Já aprendi que sobrevivo a tudo (ou a quase tudo) que dou a volta por cima, que contorno os adversários, e corro para ganhar o troféu da glória,
por ter sido autêntica mas...
Que valor tem isso?
E o que será do resto dos meus dias...
Em eternos desafios?
E quando eu me cansar das provas,
E quando já não sorrir das sovas,
Que ingênua me permito receber?
Sei lá porque justo hoje - sem motivo-
Eu escrevo...
Talvez para não me esquecer.
De mais um "caldo" que a vida me deu e que eu resisti voltei à tona ainda respiro e ainda vivo.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Minha amiga do coração!

Partiste...
O teu sorriso, o teu olhar, as tuas palavras amigas já não moram ao meu lado.
Foste em busca do teu sonho, da tua felicidade, da tua realização...
E eu...eu fiquei a chorar a tua ausência, a saudade dói cada dia mais.
Sinto a tua falta...sinto a falta das tuas gargalhadas, das tuas palavras, da tua companhia...sinto a falta da amiga especial que sempre foste.
A saudade é grande mas a nossa amizade será sempre maior.
E, afinal o Brasil, não é assim tão longe...
Este post, é só para ti, minha amiga querida!
Adoro-te Isabel...


terça-feira, novembro 18, 2008

Perdi-me...


Não sei porquê, nem quando ou como,...as paredes que me protegiam caíram e o chão a meus pés cobriu-se de estilhaços que me rasgam a pele.
E a cada passo sem rumo sinto a fatalidade do próximo golpe.
Procuro a direcção da felicidade mas a dor das feridas não me deixa vislumbrar senão a névoa dos destroços em meu redor.
Sinto o tempo a passar e não oiço nada...perdi-me de mim, e o fingimento diz-me que tudo é normal,...sendo o normal uma realidade inexistente.
Sinto presenças que fazem parte de mim, tento confiar nelas, sei que são elas que me aquecem do frio, por isso continuo a caminhar no mar de ruínas... procuro letreiros ou simples sinais que me descubram e me mostrem o caminho.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Sou o que sou...


Calada, respiro o meu próprio silêncio, bloqueio as saídas do meu pequeno mundo, não deixo que ninguém entre, nem que ninguém saia...páro um momento, respiro fundo, olho em frente e penso....
Quem sou eu afinal?
Pergunto-me a mim própria o que fui?
O que sou?
O que serei?
O que pretendo de mim?
Questiono-me mil vezes, olho bem para mim, para ti, para o mundo e para o resto das pessoas...não me identifico, não me encontro nem me justifico, apenas me critico e nem eu sei bem porquê!
Não!
Não sou poeta!
Não!
Não sou escritora!
Não!
Não sei quem sou!
Nunca soube, nunca fui, nunca fiz, nem nunca quis...saber de mim.
Vivi na ilusão, na minha pequena bola de sabão, no meu mundo perfeito...agora desfeito...com tantas expressões e realizações!
Fiz da vida uma pequena encenação, um jogo, o meu teatro pessoal, encenado na minha comédia, personagem principal de uma peça destinada...ao fracasso, condenada ao vazio, ao grito que não saíu de alguém...que já partiu e se calou para sempre!
Não!
Não me vou calar!
Não!
Não podes fazer de mim aquilo que queres que eu seja, sou livre, sou quem quero ser e só a mim me pertenço!
Não!
Não amei com medo de amar!
Não!
Não vivi o que tinha para viver..com medo de sofrer!
Sim!
É verdade!
Falsidade?
Não! Não! Não!
Sou transparente, nada é recente, sou apenas diferente do comum e do vulgar...só não me sinto como gente!
Não que não o queira ser, mas apenas sou o que sou!
Tenho os meus sentimentos, tenho valor, não tenho desculpa para ter dor, simples no lugar complexo, personalidade contruída, com pedras e gelo, que hão-de cair e derreter, descongelar a carência, ter calma e mais paciência, sentir de novo as emoções, outras tendências que hão-de vir.
Ainda não me encontrei, procuro e procurarei o meu caminho, longe....sozinho está, à espera de me ver por lá!
Sou como sou, só nao sei quem sou. Desejo amar? Quando me decidir a sair, a lutar, a não desistir...
Sim!
Calo-me de novo, abro a porta, olho para trás, despeço-me do mundo que me acolheu, saio sem querer saber, decidida a viver..fora do refugio agora deserto e cada vez mais perto procuro por mim, pelo caminho distante que devo seguir...à procura....de quem quero ser!
À procura de quem sou...

sexta-feira, novembro 14, 2008

Desaparecer


Porque é que temos sempre esta estúpida esperança de que um dia as coisas vão mudar?
Porque nos agarramos sempre à ideia de que um dia, vamos ser diferentes?
Ou que as pessoas vão ser diferentes.
Que um dia, vão olhar para nós e ver aquilo que realmente somos.
Ou aquilo que queremos ser...
Queremos acreditar, com tanta força, que um dia vamos merecer o olhar, o carinho, a amizade dos outros que não vemos a realidade.
Esse dia não vai chegar.
As pessoas não vão parar de nos pisar, de fazer de nós palhaços.
Não vão parar de nos tratar como algo descartável, que se usa quando precisamos e depois deitamos fora...
Eu não consigo ser assim!
E não quero mais o ser tratada assim.
Estou cansada de ser pisada, ignorada.
Estou cansada de gostar das pessoas... e descobrir que, de facto, ninguém gosta de mim.
Se eu desaparecesse hoje...será que alguém se importava?
Será que alguém notava sequer?
Quanto tempo demoraria até alguém se aperceber que eu não estava mais ali?
Estou tão cansada...
Estou tão farta de me esforçar por acreditar no bom das pessoas, no bom das coisas. Estou tão farta de nadar contra a corrente...que acho que não aguento mais.
Não consigo.
E agora?
O que faço agora?

segunda-feira, novembro 10, 2008

Carta ao vento!



Ele disse-me que eu escrevia
como o vento.
E tudo o que eu queria
era invadir a sua alma,
impregná-la com a minha presença,
tão suave e subtilmente
que ele nem desse conta...
De uma maneira que ele pudesse
até esquecer o meu nome,
mas que a lembrança de um vento
invadindo a sua alma
fosse tão indelével que não houvesse nem
mesmo como nomeá-la.
Queria que minhas palavras
ecoassem em seu coração
sem que se importasse a autoria.
Subtil como um perfume
que sentimos de repente
e que nos transporta para um não sabemos onde,
nem quando...
Mas para algum lugar que nos enleva.
Quando os olhos se fecham querendo
resgatar aquele sentimento que invade...
Que simplesmente invade,
com um prazer sugerido,
deixando escapar um suspiro anônimo.
A visão de um rosto na multidão
que se perde em promessas
nunca cumpridas.
Você escreve como o vento.
Um dia ele disse-me:
Escreves como o vento...

Sonhar...





Sinto-me um pouco uma intrusa vasculhando minha infância.
Não quero pertubar aquela menina no seu ofício de sonhar.

terça-feira, novembro 04, 2008

Diário da Eternidade




Deus fez-me intensa demais para que eu viva de futilidades...


Então, decidi fazer uma limpeza profunda.




Procurei todos os papéis velhos: velhos bilhetes recebidos, poemas de amores levianos, fotos com sorrisos amarelos, gente que envelheceu na memória, pedidos momentâneos de eternidade, que caducaram logo que se deu as costas;


As lembranças são boas, quando nos fazem recordar do quanto crescemos... melhoramos... vivemos! As lembranças nos fazem bem, quando são impulsos pra seguir em frente.


Joguei fora as dores causadas por quem deixou de ser, quem decidiu partir sem motivo aparente ou que, por vontade própria, resolveu desistir, tomando um rumo ainda mais doloroso e solitário... Foi!


Quem fica, decide por ti... Quem vai é egoísta ao ponto de preferir sofrer sozinho que ao teu lado.


Abri as gavetas, revolvi os armários e retirei de mim aqueles que amam só de palavras, sem acções. Não que não goste das palavras ou que não as ache necessárias... mas não se vive só delas. Reli algumas frases e lembrei que palavras sem sentimentos tranformam-se em poesia vã... pois é, na verdade da escrita que se eterniza as entrelinhas.


Acções, mesmo que pequenas acções marcam a vida pra sempre... muito mais que grandes palavras.


Arrumei as idéias, alguns sentimentos. Só que alguns deles são difíceis de organizar. Teimam em não ficar quietos... normal para um ser tão intenso.



Percebi que não dá para permanecer somente com as coisas boas que recebemos na vida, mas podemos reciclar tudo que recebemos, mesmo o que não é bom, transformar em coisas boas... em aprendizagem, por exemplo.



Olhei para minha parte insensível... aquela que é regida pela objetividade crua. Não sabia o que fazer com ela. Tive medo de não sentir... de um dia tentar jogá-la fora e perceber que só ela me restara. Mas como um ser tão intensamente inquieto poderá um dia deixar de sentir?


Percebi que há males necessários... aqueles que ajudam a contrabalançar o que somos.


Para quem sente tudo "à flor da pele", há de se deixar de sentir algumas coisas, para poder deixar ir algumas pessoas, para poder abrir espaço a novos amigos, para poder abrir o coração a novos amores, para poder continuar sentindo... Porque até quando sentimos demais e o tempo todo corremos o risco de adormecer demais o coração, banalizando o que um dia foi importante.


Deixei ficar... pra me lembrar que tudo passa... tudo segue... que todo amor um dia adormece... que toda dor um dia finda.


Limpei...


Arrumei...



Ressurgi...


Pois é assim que tiramos as cinzas das asas da Fenix, para que o vôo do renascimento seja ainda mais instigante, porque quem nasceu pra ser intensa, usufrui a eternidade em cada um dos momentos da vida!

quarta-feira, outubro 29, 2008

Um anjo!



Ele é silêncio e sorriso branco.
Não lhe vejo as asas mas sei que as tem.
Os olhos são castanhos,
doces e observadores, raiados de verde.
Parecem distraídos mas vêem-me a alma
E então olha para mim.
Num sorriso sereno chama-me em silêncio.
Não se move.
Está nu sentado e, tem as pernas flectidas
Para que se pense que os anjos não têm sexo
Mas, a sua barba de 2 mm e os musculos denunciam-lhe o sexo.
Tem salpicos brancos pelos cabelos curtos...
Mais um indício de que tem sexo.
E volta a sorrir-me num ângulo que desenha sobre o ombro.
Tão perto mas de longe ,...num convite...
Olho-o silenciosa
Como se quisesse saborear o medo de descobrir a sua existência.
E então.... abre as asas...Poderosas...brancas de ternura
E envolve-me ....
fecho os olhos para o ver melhor
Dá-me tudo o que um anjo pode dar a um mortal
os beijos são tão suaves que não sei de durmo se
o sinto
tem braços quentes e protectores, tem lábios macios e húmidos,
tem dedos sensíveis, tem cheiro...aroma...
tem alma...respira...tem som...hálito...e boca
temperatura.....pele...toque
Tem sexo.....
E eu tenho tudo e
o céu ali ao pé de mim e em mim.
Abro os olhos, ......não morri....

Olho-o, sorri-me .... fecha as asas e adormece ao meu lado.

terça-feira, outubro 28, 2008

Talvez...


Talvez…
Talvez a questão seja eu, talvez esteja em mim.
Talvez a questão seja eu e esta minha sede desmedida de vida.
Talvez seja esta minha vontade sufocante de querer abraçar.
Talvez seja esta minha vontade de partir para um qualquer lugar onde me esperem ou não, sem nota prévia de chegada ou hora marcada de regresso.

Talvez seja eu e este meu desejo incontrolável de querer VIVER.
Talvez seja eu e este meu desejo incontrolável de querer DAR.
Dar, dar-me por inteiro. Intensamente. Plena.
Porque só assim faz sentido e sei viver.

E SENTIR…
Sentir a alma vibrar, o corpo estremecer com um sorriso num rosto, um brilho de um olhar, a ternura de uma mão que se estende, o calor que se dá e recebe num abraço, como uma meta cumprida, um objectivo atingido, um sonho realizado.

Talvez…
Talvez seja eu e esta minha avidez de querer parar de escrever a página de um livro cuja personagem deixei de reconhecer, e começar outro. De novo. Com o Eu que conheço, que sempre fui e que perdi num qualquer parágrafo escrito no lugar errado, que fez mudar o rumo desta que é hoje uma desinteressante história. Um enredo que vai perdendo a cada dia o sentido, com um epílogo demasiado previsível.

Talvez…
Talvez seja eu, mera figurante ou personagem em papel inadequado.
Talvez seja eu e minha cupidez de querer correr pelas linhas, tropeçar nas vírgulas, cair nos pontos finais e erguer-me para um novo parágrafo, uma nova página. De querer aprender pela passagem dos pontos de interrogação, deliciar-me com pontos de exclamação, mergulhar nas reticências e absorver tudo o que está para além delas.

Talvez…
Talvez seja eu e esta minha sofreguidão de me superar a mim mesma. Porque acredito que nunca sou o bastante e que posso ser sempre mais e melhor.

Talvez…

Talvez seja eu:
a loucura sentenciada pelos que me crêem saber!

Talvez seja eu:
a lucidez entendida pelos que me conhecem!

terça-feira, outubro 21, 2008

Hoje olho-te...


Hoje olho-te com a indiferença de um passado distante,
Já não sinto aquele aperto imenso dentro do peito,
Já não sinto o coração a bater descompassadamente,
Já não baixo o olhar, limito-me a seguir adiante,
Já não sinto mágoa, nem dor nem sequer despeito,
Já não sinto tristeza nem choro como antigamente.
Hoje olho-te à distância de um amor imenso
Que foi sem nunca ter sido mais que uma ilusão.
Hoje olho-te à distância e com um sorriso penso
Que és de todas a minha mais doce recordação.
Hoje olho-te à distância e não consigo evitar a saudade
Que a tua simples presença trás à minha memória.
Hoje olho-te à distância e sinto em mim essa verdade
Que me diz que és sem ter sido a minha melhor história!

quinta-feira, outubro 16, 2008

ESTE AMOR QUE NÃO CABE NAS PALAVRAS




Escrevo-te hoje, ontem e sempre, sei que existes,
encontro-te na poeira dos meus olhos.
Sinto o teu rosto queimando nos meus dedos, onde
procuro o sol dos teus desejos.
Procuro-te, naquele abraço azul da côr do céu, e, naquele
momento em que a minha lágrima faz companhia a dias perdidos.
Há segredos que deixam pégadas no meu corpo,
e têm o teu sorriso no calor da meia noite.
Quando te vi, pensei, que era a tua serenidade que se juntava
à minha melodia de mil cores, num desejo de
existir, e ter nos olhos da lua a eternidade desta paixão.
Perdi-me, num puro desejo de ser amada, e num despertar
longinquo de ilusão.
Juras-te que sim, numa melodia de palavras soltas e
alucinadas deste amor.
E no pranto duma rosa, supliquei-te ternura.
Lentamente, entornaste a noite sobre o meu corpo, e o teu sorriso
desenhou na minha alma, esta paisagem de aromas que vive
dentro das minhas palavras de poesia.
Em arabescos quero escrever na orla dos teus olhos, palavras dum instante feliz, sem segredos, sem aromas, na madrugada que teima em pintar o arco-iris numa estrela sem luar.
Amanhã haverá outro luar...pintado com lágrimas que vão pingando em taças de cristal, onde gaivotas em soluços de paz
irão beber gota a gota os sinais já esgotados desta paixão.
Sabes onde estou??
A caminho duma montanha de PAZ.
Espero-te !!!
Tens lá a tua ternura...e a minha lágrima que secou...por TI...

terça-feira, outubro 14, 2008

Quantas vezes...





Quantas vezes nós pensamos em desistir,
deixar de lado, o ideal e os sonhos;
Quantas vezes batemos em retirada,
com o coração amargurado pela injustiça;
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade,
sem ter com quem dividir;
Quantas vezes sentimos solidão,
mesmo cercado de pessoas;
Quantas vezes falamos,
sem ser notados;
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;
Quantas vezes voltamos para casa,
com a sensação de derrota;
Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair,
justamente em que parecemos ser fortes;
Quantas vezes pedimos a Deus,
um pouco de força, um pouco de luz;
E a resposta vem, seja lá como for;
Um sorriso,
Um olhar cúmplice,
Um cartãozinho,
Um bilhete,
Um gesto de amor,
E a gente insiste;
Insiste em prosseguir, em acreditar,
Em transformar, em dividir,
Em estar, em ser;
E Deus insiste em nos abençoar,
Em nos mostrar o caminho;
Aquele mais difícil,
Mais complicado,
Mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
Porque tem uma missão...
SER FELIZ"

Quantas vezes quero acreditar, que o mundo vai mudar...

quinta-feira, outubro 09, 2008

Desculpa!...




Desculpa, se a páginas tantas
me perco e te esqueço
se me embrenho em palavras
e letras e cores e outros sons
e danço outras músicas
e me esqueço dos teus tons
Desculpa se te apanho num turbilhão
te enrolo e destroço
aparentemente sem razão
se te arranco o chão
debaixo dos pés
e desarmo e desconcerto
o homem que és
Desculpa, se recuso o teu beijo
mas, se me tocas expludo de desejo
se não procuro o teu abraço
se te fecho a porta do meu espaço
se não sei fingir sorrisos
se me calo, se te ignoro
se sou o pior dos portos de abrigo
se não tenho palavras e me escondo
Desculpa se te transtorno,
me transformo,
e vives em perpétuo abandono
Desculpa, se não vou onde estás
se és café e eu aroma de mil chás
se procuras um ombro e eu um amante
se te vejo pequenino e te sentes um gigante
Desculpa se os meus horários
são tudo excepto ordinários
se do que esperas de mim,
apenas tens os contrários
Desculpa todos os beijos, carinhos,
os silêncios, os desatinos
todas as sombras, as horas longas

Desculpa, em resumo, todos os dias
Em que não fui quem tu querias.
Fui como sou.
E é tudo isso que te dou...

domingo, outubro 05, 2008

Amizade imperfeita...


A amizade que te dedico é pura e verdadeira, mas assim como eu, ela não é perfeita!
Tem um "quê" de egoísmo, necesita de cuidados, exige reciprocidade e por isso é interesseira.
Não te dou de graça, porque espero retribuição.
Espero a mesma atenção, iguais carinhos e consideração.
Espero a verdade sempre, mesmo que faça doer, no entanto não tolero traição.
Dentro destes princípios, ofereço-te sem restrição a mão amiga, lealdade e dedicação.
Saberei ter tolerãncia para ceder, e espero que asim o faças também.
Saberei entender os teus momentos de solidão, assim como espero que entendas os meus.
Espero que compartilhes muitos momentos, de alegria ou de dor, sem distinção!
Se, por justo motivo, em algum momento falharmos, saberemos dar o devido perdão, mas que fique isso em carácter de excepção.
Se o nosso trato de amizade nessas bases vigorar, fica sabendo que comigo, sempre poderás contar...

quinta-feira, outubro 02, 2008

Tempo de viver...


"Ando sem paciência nenhuma para pessoas novas.
Por mais que me pareçam isto ou aquilo... (quase) todas vão parar ao mesmo: nada.
E um pouco de mim fica em nada, também.
Por isso, para me poupar.. vou dar os "pedacinhos de mim" a quem os sabe guardar."
Disse eu.
"Pessoas novas a aparecer, com conversas e promessas de novidade.
Acreditas nelas até ao momento que vês o mesmo de sempre, o tal "novo" que já está velho e gasto.
E, com o tempo, reparas que o que precisas não cresce naquele terreno.
As tuas raízes não te nutrem, nem te conseguem alimentar ali.
E tens que te colocar noutro terreno, um em que possas vir a dar flor e fruto."
Pensei eu.
"Quando digo um pedacinho de mim.. é dum pedacinho de esperança, que falo.
Quando se precisa e se sente falta, não há botão on e off para desligar a necessidade.
Ela está sempre lá, a cada batida do coração, a cada fluxo de sangue ao cérebro.
E mesmo que saibas para o que vais, mesmo que tenhas a certeza do que vais ver e ter, há sempre aquele pedacinho que espera ser surpreendido.. e que se vai perdendo, por não o ser.
É isso que não quero perder!"
E mudei.


P.S. Até uma próxima. Não sei se próxima ou distante. Agora preciso de tempo, não para te procurar, mas para viver-me.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Como dói.


A minha âncora partiu-se

Naquela noite de domingo

Resta uma coisa estranha que dói...

Eu amava as tuas mãos

Mas calei a voz das minhas

E eu tinha sede, sabes?

Eu tinha sede...

Nunca o soubeste

A fonte não grita

Ao viajante que passa

Partiste... E o teu último olhar

Deixou em mim

Uma coisa estranha que dói...

Procuro em vão

A causa que te levou...

Sei que sentes na alma

O peso da angústia

E eu que posso dar-te!?

O que tenho para te dar?

Não posso quebrar as grades

Que me separam de ti

Nunca ouvirás o meu grito

Nunca poderás arrancar este espinho que me rasga o coração

Tu não sabes! Tu não sabes!...

E partiste, não sei para onde

Resta uma coisa estranha que dói...

Horas feitas de silêncio de dor e de saudade...

O chapéu que foi fonte de comunicação dorme agora em cima de um roupeiro

Ponte caída que já não posso erguer porque não sei onde estão as tuas mãos

Cortei minhas próprias asas

Amordacei minha própria vida

E hoje não conheço

As pedras do teu caminho nem a côr dos teus olhos

Só tenho uma coisa estranha que dói...

domingo, setembro 28, 2008

Súplica.


É nesse mar sem ondas...
É nessa praia deserta ao entardecer,
Que encontro no silêncio o amigo que nunca me trai;
O que ouve e não dá respostas;
O que aconselha sem falar;
O que abraça sem braços.
As ondas vão e vêm com a mesma segurança,
Numa coreografia assimétrica,
Desfazendo as pegadas que deixei na areia.
Já não correm lágrimas...
Ou correriam?...
Ou continuo a confundi-las com os salpicos da água salgada?
Mas o tempo passou
E em mim nada mudou...

sexta-feira, setembro 26, 2008

DESISTO



Desisto de ti porque até o amor tem limites, tem um fim anunciado, mesmo quando não acaba.
Desisto de ti com a mesma força com que amei e por isso tenho a alma rota, o coração guardado numa caixa, com fotos, cartas e outras coisas ridiculas.
E aqui estou eu...
E é como se fosse invisível esta dor insuportável que me aperta o peito e me fixa o olhar como se estivesse drogada, dopada e incapaz de ser mais do que esta representação de mim mesma.
Desisti de ti e comuniquei-o a todo o meu corpo.
Disse à minha pele que esquecesse a tua, o teu perfume afinal nunca existiu e os meus ouvidos nunca reconheceram os teus passos na escada.
Mas apenas a minha cabeça compreende perfeitamente esta decisão.
O resto de mim foi-se embora e não sei quando voltará, porque leva tempo a habituarmo-nos à tua ausência, a mim e ao meu corpo e à minha alma.
Quanta gente sentirá o mesmo?
O amor é sempre igual, mesmo quando é diferente.
A urgência do outro, do corpo do outro, da voz e sei lá que mais, tudo é igual em quem ama.
Por isso a separação também é idêntica.
E neste preciso momento uma boa parte da humanidade tem estes olhos vazios, este amargo na boca e aperto no estômago.
É engraçado saber-me acompanhada por desconhecidos.
É engraçado e irónico que entre essa multidão não estejas tu.
Desisti de ti e tu nem sequer o percebeste...
Apenas um número de telemóvel retirado na lista, apenas alguém que te fez rir e ter prazer.
É este o resumo da minha história. Engraçado, não é?"

QUANTA GENTE SENTIRÁ O MESMO...

quarta-feira, setembro 24, 2008

Espera...


Espera…
Não partas já…
Ouve o que ainda tenho para te dizer…
Remexendo as cinzas do passado, encontrei um cristal que ainda reluz…
As cartas… os postais… o postal… o último postal…
A lembrança de um tempo que não tem fim…
A recordação intemporal da mais bela história… a nossa história…
A voz… o timbre da tua voz que calava a poluição sonora.
O sorriso… o teu sorriso que dava mais cor às pedras do Arquinho.
As brincadeiras… o espelho da nossa infantilidade…
A porta da tia velhinha… O smoking…
A timidez disfarçada pelo riso estridente que fazia eco nas muralhas…
O aviso da partida… duma partida sem regresso.
As lágrimas entrecortadas por promessas…
Os beijos… os cálidos beijos, cátedra do nosso amor.
Mais tarde a aparição na tua praia, onde todos se atropelavam mas só nós existíamos… Olhares suspensos… palavras mudas… inquietude traduzida em silêncio…
Corri para o mar na esperança de afogar uma visão que me cegou.
Infrutíferas braçadas…
A âncora partiu-se…
Resta-me a estrela, a nossa estrela que irá perpetuar um sonho que foi nosso.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Recordando meu pai...


Pai, que se foi com Deus
nem faz tanto tempo assim
muito eu tinha a lhe dizer
se ainda pode, ouça-me.

Amar, eu sempre o amei
respeitá-lo eu aprendi
só o que eu não pude, pai
foi cuidá-lo até o fim.

A saudade açoita-me a alma
ao me lembrar de você
o tempo é sempre o algoz
de todo o nosso bem querer.

Julgo encontrá-lo algum dia
quero que espere por mim
dar-lhe-ei o último abraço
que em tempo eu não consegui.

Pai, se é que isso o ajuda
eu oro sempre por você
nesses momentos, é o sorriso
o que eu fico a perceber.

Seu sorriso tão bonito
que às vezes não compreendi
vendo na sua alegria
motivos para reprimi-lo.

Perdoa pai, se puder
sei que não vai recusar
sei que ainda sou seu anjo
que nunca deixou de amar.

Que Deus o mantenha aí
num canto bem aquecido
pois o que o abominava
era ter frio, meu querido.

Hoje não tenho suas mãos
a me cobrir nas madrugadas
mas tenho a lembrança boa
que foi por você deixada.

Até um dia, Pai! Fica com Deus!
Que Ele, eu sei, o compreende.
Um dia, eu estarei com os dois
e serei feliz... finalmente!

FELIZ ANIVERSÁRIO PAI... ONDE QUER QUE ESTEJAS!!!
TUA FILHA!

quinta-feira, setembro 18, 2008

"This is the strangest life I've ever known" (Jim Morrison)


Tu querias ser eu e eu queria ser tu.
E nem sequer sabíamos quem éramos.
Aqueles olhos cor de mel que nunca mais os vi.
Aquela música cor de um tempo que esquecemos...
Agora já "strange days" e "Life of Sundays" já não passam de conjuntos de notas musicais e palavras bonitas.
Não passam directamente à alma como dantes.
Faziam-nos sentir saudades do que nunca tínhamos tido...
Tenho tantas saudades de ter saudades.
Alguma reminescência de alma, mas leve e triste..."If i could tell you what you need to know, if i could help you to get on with the show"...
A praia deserta e os pensamentos feitos de um mar de emoções azuis claras... Sentados numa rocha ao fim da tarde ou ao fim da manhã.
Cor de laranja que ficava tão mal e tão bem..."I wish i was a souvenir you kept your house kee on".
A vida numa onda quente de Verão.
Dava tudo por mais cinco minutos na água...
Que risos tão sinceros tão cheios de esperança.
Não penses que o esquecimento e o vazio não deixam mágoa nem ocupam lugar..."No love no glory..."
A angústia pesa tanto como o amor. "What is between the star and the see? A bird as bright as a bird can be, what is between the bird and me, only a star, only the sea, only a star, only the sea..."
Afinal voltei a ver aqule olhar cor de mel cheio e água morna e abraços de felicidade...
Deste-me a mão já muito tarde, já se viam as primeiras estrelas...
Mas ainda acreditei em ti e em mim como num sonho bom.
Que ainda é... "E o teu retrato em cada rua onde não passas trazendo no sorriso a flor do mês de Maio..."
Que mais existe para além do que guardámos para sempre no olhar e na alma?
Sempre que o silêncio aparece, fica a palavra escondida no pensamento a lembrar-nos que todas as palavras representam o silêncio em fuga.
O que não dissemos?
O que não te disse?
O que ainda temos para dizer para além do silêncio?
Tudo o que ficou por calar.
"Vivemos sempre a preto e branco o programa que afinal é a cores..."
Fica mais um pouco.
A diferença entre o próximo segundo e a próxima vida.
Não chores mais.
Vamos de novo ver o mar.
Como nos velhos tempos.
"And so it is, just like you said it woul be, life goes easy on me, most of the times..."

terça-feira, setembro 16, 2008

Descuido...

Nem te apercebeste, mas pouco a pouco, sem dares conta, habituei-me a viver sem ti!
E, as noites sem ti que antes eu achava longas demais...
Agora têm o sabor da liberdade!
O coração já não bate mais forte cada vez que o telefone toca...
A tua ausência já não me magoa...
A tua voz que eu achava linda, agora sinto-a vulgar!
Já nem o sorriso, que me conquistava...
Nem ele consegue, que eu tenha saudades...
Descuidaste-te...
E, eu descobri,o prazer de viver só!
Sem horários, sem compromissos, sem cobranças...
Foi um cruel descuido da tua parte, que me fez voltar à realidade!
Descuidaste-te!
E eu descobri que afinal posso ser feliz sem ti!
Foi um triste descuido...

segunda-feira, setembro 08, 2008

quinta-feira, setembro 04, 2008

Quero


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Porque não!


Hoje não me apetece uma imagem.
Não me apetece um texto bonito.
Não me apetecem palavras.
Hoje não me apetecem sorrisos.
Não me apetecem brilhos no olhar.
Hoje não me apetece acalmar o coração que teima em bater com tanta força!
Não me apetece deixar de tremer pela ansiedade que provocas em mim.
Hoje nem sequer me apetece esperar que chegue o momento em que me vais mostrar que sou importante, que sou especial...
Hoje não me apetece ter forças para esperar que me digas coisas bonitas, que sou tua, que me adoras.
Porque hoje, tudo o que me apetece é que o dia de amanhã chegue depressa e que seja melhor do que o de hoje.
Porque hoje... não é o melhor dia...!

terça-feira, setembro 02, 2008

A decadência!


Estou sem rumo!
Sinto-me no limite das minhas forças...
A insónia tornou-se a minha companheira de noites intermináveis,e roubou-me o direito a sonhar...
Quero arrancar do meu peito este enorme vazio de sentimentos...
Já nem sei se vale a pena viver!
O tique-taque do relógio anuncia que é tarde demais...
O espelho informa-me que a juventude há muito me abandonou!
E, lentamente... Quase a medo, passo os dedos pelo meu rosto, sinto cada ruga, e lembro com alguma saudade a história de cada uma delas...
Os meus lábios cerrados, escondem um sorriso, antes bonito e espontâneo...
E guardam para sempre o sabor dos beijos que nunca dei...
Os meus seios murcharam na esperança de um dia alimentar alguém...
As minhas entranhas estéries nunca incharam meu ventre para uma nova vida...
Minhas lágrimas rolam livres, e soltam-se a cada madrugada, aquecendo meu corpo frio!
Aqui, da minha janela, olho o céu...
Tantas estrelas... A Lua está escondida!!!
Aguardo ansiosa por uma estrela cadente...
E peço um desejo...
Só um...
A morte!

sexta-feira, agosto 29, 2008

Momentos...


Momentos que não fazem sentido!
Momentos onde nós não fazemos qualquer sentido!
Perdidos em angústias, recordações, perdas...
Perdemo-nos dentro de nós. Perdemo-nos em memórias intermináveis.
Perco as forças. Quero gritar mas não sei o caminho para a minha voz!
Não sei...
Não sei o que faço aqui...
Porque, apesar de tudo, continuo aqui...
Não sei...
Não sei escrever coisas bonitas, a frieza invade a tinta da caneta.
Não sei escrever sentimentos, apenas sei senti-los!
Não sei...
Sei o que sinto.
Sei que sinto que gosto de ti como se te conhecesse desde sempre.
Sei que gosto de passar horas e horas a conversar contigo, sobre tudo e sobre nada.
Sei a pessoa fantástica que és.
Sei que me fazes rir, descontroladamente.
Sei que não quero nunca perder a tua amizade...
Apenas sei... que te adoro!!!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Je t'aime


Sinto-te parte de mim,

Dono da minha alma

Que se despe

E entrega a ti

Num murmúrio suave.

As palavras soltam-se

Indecifráveis,

Frágeis,

A medo...


Je t'aime mon ange!


És parte de mim,

Do meu corpo.

Mesmo na distância

Tens-me e sou tua.

Na tua ausência

Os dias sorriem-me

Mesmo sem saberem.


Parce que je t'aime

Je te embrasse

Avec l'âme!

sábado, agosto 23, 2008

Quem sou eu...


Eu sou o tudo...
Eu sou o nada...
Sou os livros que li, os momentos que passei...
Sou os brinquedos que brinquei...
E, os amigos que conquistei!
Sou o amor que dei, e os amores que conquistei!
As viagens que fiz, e os desportos que pratiquei...
Sou a minha matéria preferida, a minha comida predilecta...
Essa sou eu... eu mesma, será que vais entender?
Sou o ódio resguardado, sou os sonhos realizados, os objectivos alcançados...
Eu sou o meu interior, mas também o meu exterior.
Sou um conjunto de factores que não podes entender.
Sou a saudade, os abraços que já dei...
Sou o passado, mas também o presente e o futuro!
Sou os meus actos...
Sou perfeita... Mas também sou imperfeita!
Sou o contraste e a contradição...
Sou a complexidade do mundo...
Sou principalmente, o que ninguém vê...

quarta-feira, agosto 20, 2008

Mudar!


Hoje acordei disposta a mudar a minha vida...
Abri a janela, e deixei entrar o ar fresco da manhã...
Atrevido como sempre, o Sol, desnudou-me, e seus raios aqueceram minha pele!
Abri a gaveta da minha vida, e, entre o passado e o presente, fui retirando tudo o que me magoa...
Arquivei num espaço especial, todas as boas recordações, porque embora sejam boas, são passado!... E, decidi, não depender do passado, no meu futuro...
Fiz uma fogueira, e queimei as mentiras, as traições, as desilusões, a tristeza, as falsas promessas, os falsos amigos...
Mas reciclei algumas conversas...(ainda podem fazer-me falta no futuro!)...
Joguei pela janela esperanças vãs, projectos por concluir, pessoas falsas, mascaradas de amigos...(nunca gostei do Carnaval!)...
Assegurei para que os verdadeiros amigos, ficassem em lugar seguro, e abri meu coração...
E, quando dei por isso, a gaveta estava vazia!
Não sobrou quase nada!...
Olhei bem, e vi, que a um canto, estava a minha alegria... Escondida, em pânico, depois de tantos anos a ser ameaçada pela tristeza, pela raiva, pela desilusão...
Ofereci-lhe um sorriso, e mostrei-lhe a gaveta vazia... só dela!
E, pouco a pouco, senti-a a tomar o seu espaço, na gaveta... que sou eu!
Tomei um duche de esperança, e junto com a água quente, derramei as minhas últimas lágrimas...
Lavei a minha alma!...
Vesti-me de branco...
E fechei as portas do meu passado!...

segunda-feira, agosto 18, 2008

Um dia...

Gostaria de te encontrar ao virar a esquina.
Um dia.
Sem marcação.
Sem aviso prévio.
Sem confirmação.
Gostaria de passear pelos cantos mais reconditos que existem na face da terra. Gostaria de me encontrar contigo pelas ruas de Paris.
De passear contigo nos canais de Veneza.
De me divertir nas loucas noites de Londres.
De descansar ali no sítio onde só nós sabemos onde.
Imagino todos os dias a manhã da minha saída daqui.
Da minha partida imaginada para breve.
Da minha chegada, num lugar novo, numa tarde de sol.
Do nosso abraço num pôr-do-sol jamais visto.
Da minha outra liberdade.
Da minha outra paixão.
Dos novos conhecimentos.
Da minha procura pelo mundo.
Dos meus outros sentimentos.
Da minha outra descoberta.

Sedução


"Buscas-me e completas-me!...
Faz de mim tua morada...
Podes vir de longe...
Ou de perto... não me interessa.
Desde que tragas amor a este corpo só...
Mas que venhas quente! que eu preciso de calor..
Traz contigo, muito amor...
Que venhas sedento, tragas paixão...
Vem correndo, que estou afoita...
Do teu desejo e sedução..."

Cicatrizes...


Hoje acordei com a sensação que já passaram demasiadas horas por mim...
Horas que passaram, e eu nem dei por isso!
Horas como água a escorrer-me entre os dedos!
Horas que lentamente se foram tornando dias... meses...anos!...
Este mês devia ter soprado as velas do tempo, para festejar!!!
Mas festejar o quê??
A minha derrota?
Festejar o facto de não ter sabido aproveitar as horas que passaram por mim, quando ainda oportunidade...
Tornei-me numa colecionadora de cicatrizes...
Cicatrizes que se curaram, mas com vontade de continuar!
Cicatrizes que teimam em permanecer abertas!
Cicatrizes infectadas de sofrimento e dor!
Cicatrizes de saudade e solidão!
A minha pele...
Rasgada pelo tempo, que implacávelmente me destrói!
As horas passaram, e eu, nem dei conta!
Hoje, olho para mim, e já não me reconheço.
Vejo-me sem rumo...
Sem vontade...
Vazia...
Sem ti...
Sem mim...
Sem nada...
O nada que ocupa tuda cá dentro.
Anos...
O peso do tempo sobre mim...
E penso: (Feliz Aniversário...)
Peço um desejo...
(Quero...te!)

domingo, agosto 17, 2008

Estou só!


Desta maneira desperto para mais um dia.
Ainda que alimente o amor de diversas formas.
Carrego-o comigo como uma marca.
Num dos meus braços, dentro de mim, nesse lugar, espaço único para os afectos...
Mas estou só...
Vivo comigo e sobrevivo aos dias que me alimentam em forma de esperança.
Que tudo um dia irá mudar...
Não sei quando.
A incerteza faz de mim humana, imperfeita.
Faz de mim mortal e essa mortalidade consigo provar quando cruzo com todos os tipos de olhares.
Vidas... Não sei se algum dia alguém me amou.
Será?
Vejo-me muitas vezes distante mas igualmente com uma multidão de braços abertos. Sinto-me assim, das vezes que tento me abraçar, limpando as lágrimas, ou deixando que o vento retire as gotas salgadas do meu rosto.
Dêem-me Tempo...
Dêem-me tudo e nada, mas não me tirem a fé.
Não me calem a alma.
Não me fechem aonde não me posso encontrar.
Mesmo sabendo que hoje vivo e sobrevivo.
Em guerras constantes e revoluções interiores.
Nós fazemos da nossa vida uma constante mudança.
Mudar o destino?
Mudar o sentir de tudo o que nos rodeia?
Mudar os nossos lugares aonde nos sentimos?
Ter tudo e não ter nada. Gritar e não ser ouvida.
Hoje estou aqui.
Neste lugar único.
Aonde me perdi das mais diversas formas.
Pergunto por mim a mim, esse meu EU que muitas das vezes responde-me as mais diversas questões...
Estarei mesmo vivo?
Ou serei apenas alguém que ja viveu e agora apenas existe?

quinta-feira, agosto 14, 2008

Sem Palavras


ESTOU TENTANDO ACOSTUMAR-ME COM AS VÁRIAS SITUAÇÕES DA VIDA...
UMA DELAS É TENTAR VIVER LONGE DE QUEM SE GOSTA,
OUTRA É TENTAR E NÃO CONSEGUIR TER AS PALAVRAS CERTAS PARA PODER EXPRESSAR O QUE ESTOU SENTIDO E NEM CONSIGO TER A ACÇÃO CERTA PARA PODER AGIR,
ISSO É TÃO RUIM QUE ME SINTO INCAPAZ DE REALIZAR COISAS SIMPLES QUE PODERIAM FAZER-ME BEM, QUE ME FIZESSEM SENTIR BEM MELHOR,
MAS A VIDA É CHEIA DE SURPREZAS,
HOJE POSSO NÃO TER AS PALAVRAS CERTAS PARA PODER EXPRESSAR O QUE SINTO,
MAS UM OUTRO DIA QUALQUER EU POSSO TER A EXPRESSÃO DE UM GRANDE POETA ESCRITOR...ETC...
ESTOU SEM PALAVRAS NESTE EXACTO MOMENTO E POR ISSO VÃO FALTAR PALAVRAS EM MEU DEPOIMENTO QUE ESTOU TENTANDO ESCREVER........................
SEM PALAVRAS.........

quinta-feira, agosto 07, 2008

Nós mulheres...


Dizem que, a uma certa idade, nós as mulheres nos tornamos invisíveis.
Que nossa actuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens.
Eu não sei se me tornei invisível para o mundo, mas pode ser.
Porém nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
Descobri que não sou uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte.
Com suas misérias e suas grandezas.
Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros.
E apesar disso…
Gostar de mim
Quando me olho no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou…
Me alegro do caminho andado, assumo minhas contradições.
Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado porque agora me atrapalha.
Seu mundo de ilusões e fantasias, já não me interessa.
É bom viver sem ter tantas obrigações.
Que bom não sentir um desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos.
“A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil
que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir "

quinta-feira, julho 31, 2008

Streap Tease!


O que devia ser verdadeiramente excitante, não era ver uma mulher tirar a roupa, mas sim, vê-la despir-se emocionalmente... Desabotoar suas fantasias, suas dores, seus medos, sua história...
A palavra nudez, teria um significado tão diferente!
Imaginam o erotismo que transmite uma mulher que sorri e chora?!
E como fica linda, quando está a ser sincera...
É uma delicia, quando se mostra divertida, e deixa qualquer um doido, quando demonstra toda a sua inteligência!...
Nada se compara a uma mulher que se despe a cada palavra, demonstrando sem medo, o que sente, sem esconder os seus defeitos!
Aliás devíamos todas nos orgulhar dos nossos defeitos e falhas, é o que nos torna humanas e não bonecas de porcelana.
Será sempre arrebatador, assistir ao desnudamento de uma mulher, em quem sempre se poderá confiar, mesmo que um dia, já não faça parte da vossa vida!
Claro que não é fácil, tirar a roupa e ficar exposta, em todos os quiosques da cidade... Mas dificil, por dificil... Também é muito complicado, expor nossos segredos e insanidades, tendo a coragem de revelar o nosso interior!
Mas é sem dúvida o mais correcto, despir sem preconceitos a nossa alma e mostrar a toda a gente quem somos e o que pensamos!
Não conheço streap tease mais sedutor...

segunda-feira, julho 28, 2008

Parabéns minha amiga!!!



Depois de todas as tentativas frustadas para desejar "Feliz Aniversário" a uma amiga muito querida, que infelizmente está longe...
E, na impossibilidade de o fazer de outra forma...
Aqui fica a minha homenagem!!
Parabéns Ana...


"Hoje quero recitar palavras...
Mas não são palavras simples
Quero recitar palavras lindas...
Para poder decifrar minha amizade
Que é feita de carinho, ternura...
Hoje meu coração...
Está cheio de emoção...
Querendo cantar uma linda canção...
Que toque na alma...
Que transmita calma...
Que a energia possa fluir...
A energia do amor, do carinho e da amizade...
Estou muito feliz por ti...
Por hoje ser um dia especial...
Por hoje ser o teu dia...
Minha querida amiga...
Como transformar nossa amizade em poesia?
tu já és um poema!!!
Um poema amiga...
Uma amiga que sabe hora certa...
De falar...
De ouvir...
De escutar...
Uma amiga...
Que simplesmente...
Faz questão de demonstrar...
teu carinho...
tua amizade...
Ahh tua amizade!!!
tua amizade para mim é...
O sol que ilumina e transmite energia...
São as estrelas cujo teu brilho são infinitas...
Que multiplicam sem parar...
Nas quais não conseguimos somar...
Minha amizade por ti é assim...
Sem soma...
Infinita como as estrelas...
Forte como o sol...
Minha querida amiga...
Nesse lindo dia em que fazes anos que tu vieste ao mundo...
Quero desejar-te, paz, amor, carinho, sonho e amizade...
Que Deus ilumine teus passos...
Aqui deixo meu carinho por ti...
Meu abraço...
Minha amizade...
Parabéns!!!
Muita paz!!!
Muito amor!!!
Muita alegria em todos os dias...
Felicidades!!!
Feliz aniversário querida amiga...
Sempre estarei contigo...
De tua amiga de hoje, de amanhã e de sempre....
Feliz aniversário..."

Beijos minha linda!
Sê Feliz!!!

domingo, julho 20, 2008

Destino


Depois de tantos anos, ganhei coragem, e voltei à "nossa" praia!
O mar tem o mesmo tom azul turquesa de antigamente...
O balançar das ondas, está hoje mais suave, como se adivinhasse a minha tristeza e não me quisesse incomodar...
As folhas das palmeiras, dançam ao ritmo da brisa...
As gaivotas voam em circulos e gritam...
O meus pés, um a um, enterram-se na areia macia, que guarda as mais belas recordações de nós...
Até a velha cabana, permanece intacta, como se os anos não tivessem passado, e o tempo fosse pura ilusão...
Aproximo-me lentamente, e por breves segundos, tenho a sensação, que me aguardas, sentado, no baloiço da varanda, como sempre fazias!!!
Penso tanto em ti...
Em nós...
No sorriso, que guardavas só para mim...(nunca te vi sorrir assim para ninguém!)
Olho para o baloiço, ele tal como eu, sentiu o peso do tempo, e está partido.
Assim como o meu coração!...
Sento-me no degrau da cabana, e fecho os olhos...
Trago-te de volta, em pensamento!
O teu olhar maroto, brincando com o meu corpo ainda de menina!!
Consigo ouvir o som da tua gargalhada, quando o mar era mais forte que eu, e me derrubava.
Sinto o toque suave dos teus dedos na minha face, desviando os meus cabelos rebeldes!
Sinto o calor do teu corpo, que me aquecia, depois de um banho de mar.
Inspiro, encho os pulmões de ar, na esperança de sentir o teu perfume... o teu cheiro!...
Mas só a essência salgada, enche a minha alma...
Abro os olhos e fixo o mar...
Devia odiá-lo, por te ter levado, mas não consigo...
Hoje a atracção que sinto é forte demais, algo me empurra até ele...
E, pela primeira vez, desde aquele dia, eu deixo ele molhar-me, a água está morna, e envolve-me com tanta doçura, que tenho a certeza que são os teus braços que me apertam, sinto-me calma e segura, e por breves instantes deixo meu corpo à deriva, boiando... Enquanto eu olho o céu, onde as primeiras estrelas começam a brilhar, reparo no brilho especial de uma delas...
As lágrimas que se soltam dos meus olhos, misturam-se com a água salgada do mar, numa comunhão perfeita...
Agora eu sei que estás bem!...
A estrela brilha agora com mais intensidade, e vejo nela o brilho cintilante dos teus olhos...
Um dia...
Eu prometo!!!
Trago aqui, o nosso filho!
Quem sabe agora, vou ter coragem de lhe contar a nossa história!
E dizer-lhe que ele é fruto de um sublime amor de verão, e filho da mais linda e brilhante estrela do universo!...

quarta-feira, julho 16, 2008

Entender meus sentimentos...


Queria poder decifrar esse código,
Tão confuso e ao mesmo tempo audacioso...
Uma parte de mim desconhecida,
Que nem mesmo eu tenho vontade de descobri-la,
De libertá-la,
De fazê-la sorrir para o mundo,
Talvez o meu melhor amigo seja o tempo...
Os sofrimentos calados se vão...
As lágrimas silenciosas não caem mais,
Ele resolve tudo... O tempo...
Volta a sensação de recomeçar do zero
De começar tudo novamente
E mais uma vez aprendo, errando...
Mas sempre com a intenção de acertar.
Talvez seja isso...
Talvez estejamos aqui pelos sofrimentos e aprendizagens
Talvez seja uma prova para nos tornamos pessoas melhores, de bom coração
Uma incógnita, que paira no ar...
Talvez devêssemos deixar um pouco de lado esses caminhos traçados e tentar com as nossas próprias mãos redesenhar a própria vida...
Eles pensam?
Deixe-os de lado, pense você...
Eles agem?
Ignore-os, aja você com suas próprias convicções, com seus próprios pensamentos, medos, sentimentos, atitudes...
Se eu tive um bom dia?
Não...eu não tive um bom dia, foi um belo de um mau dia, obrigada!!!

terça-feira, julho 15, 2008

Espero


À espera.
À espera de tudo.
À espera de nada!
À espera de um tudo que não é nada.
À espera de não sei quê.
O cansaço que consome a minha alma.
A minha alma em pedaços.
O cansaço impede-me de continuar.
A espera insuportável.
Vivo de esperanças.
Vivo de ilusões.
Vivo do irreal.
Vivo de incertezas.
Vivo de palavras impossíveis.
Já não vivo de ti.
Vivo da memória que tenho de ti.
De sonhos.
De solidão.
Sinto-me encurralada no mesmo lugar há tempo demais.
Tempo que não pode ser contado.
Sinto-me sufocada.
Já não pertenço aqui.
Não é este o meu lugar.
Procuro o que resta de mim.
Tento encontrar-me.
Aquilo que levaste.
Tento juntar todos os pedaços de mim, mas ainda faltam partes vitais.
Caminho.
Parte de mim ficou para trás.
Caminho em direcção ao presente, deixando grande parte no passado.
Vou dando passos pequenos.
Passos de criança, como se estivesse a aprender a caminhar.
O percurso é longo e eu ainda agora comecei.
O cansaço.
O que resta de mim.
Não.
Não desisto.
Largo as memórias.
Continuo.
Muito devagar.
Passo a passo.
Lentamente.
Incompleta, levo-me.
Sigo.
Sozinha...

segunda-feira, julho 14, 2008

Solidão


Saio de casa.
Vou por aí.
Sinto-me mais só que nunca.
Isolada.
Abandonada.
Centenas de pessoas à minha volta e eu sozinha.
Vou aqui… ali.
Ando às voltas como se andasse perdida mas conheço perfeitamente todos estes sítios pois já passei por eles vezes sem conta, sempre sozinha.
Eu e a solidão.
Fumo um cigarro.
Tomo café.
O café amargo confunde-se com a minha própria amargura.
Sinto-me uma pessoa triste.
Hoje a solidão não é um refúgio para mim mas sim um fardo que carrego.
Hoje não me quero refugiar na solidão mas sim nas pessoas.
Quero sentir-me aconchegada por risos, alegria... quero sentir que não estou sozinha.
Imagino... sonho....
Sento-me.
Acendo outro cigarro.
Vejo a solidão ao meu lado.
Olha para mim como se já me conhecesse desde que nasci.
Vejo que me tem acompanhado toda a minha vida.
Sorri para mim.
Abraça-me com a força do mundo, faz-me sentir que nunca me irá abandonar.
Entranha-se em mim. Sinto cá dentro o seu frio, o seu vazio.
Acomodo-me a este vazio.
Percorro as ruas... volto para casa.
Sozinha.