Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

sábado, maio 31, 2008

No silêncio da noite!



Que tristeza é esta que me invade no silêncio da noite?
Sinto as lágrimas ainda por chorar
O grito em mim contido
Sonhos não vividos
Nunca conheci o sabor dos teus lábios
Nunca foram mais doces os meus sonhos do que quando tu me beijavas.
Sinto a alma tão pesada
Nesta noite só penso em ti
Sei que nunca pensas em mim
Neste grito afogado
Neste murmúrio
Eu penso como o meu sonho era bonito
O monstro da realidade não perdoa
Os sonhos têm de morrer
Mas algures entre a realidade e o nada
Tu fostes meu, como eu sempre fui tua
Algures neste sonho mágico
Tu acaricias a minha face e as minhas lágrimas não são de tristeza
São de toda a felicidade que fazes sonhar em mim
Um sonho que eu peço, mas ainda não encontrei o seu fim.

Perdoa-me por ainda te chamar
No silêncio da noite...

quinta-feira, maio 29, 2008

Pai



Pai
Hoje senti saudades de ti ... pai ...
saudades de te ter , de te abraçar,
hoje senti saudades de ti ...
saudades de te ver sorrir ...
saudades da tua face e dos teus olhos...
hoje senti saudades do teu olhar...
saudades da tua voz...
e senti saudades de te ouvir falar,
hoje senti saudades de ti ...
de te ver a trabalhar,
de te ouvir rir, pena não te ver envelhecer ...
ver-te chegar a casa, era uma casa cheia...
hoje olhei-me ao espelho, pensei em ti...
no castanho dos meus olhos vi saudade,
vi-te dentro do meu olhar, fiquei ali...
e fiquei nos meus olhos à vontade ...
pedi então a Deus p'ra adormecer
que pudesse ver-te, ainda que a sonhar
não pude dormir, pai ,
não pude... que a saudade
foi mais forte do que eu, pôs-me chorar...

( Faz hoje 8 anos que me deixaste... Nunca te vou esquecer)
Estas flores são todas para ti, do fundo do meu coração!!!
Beijo pai, onde quer que estejas
Tua filha...

domingo, maio 25, 2008

Melancolia


O dia está triste e cinzento e eu sinto-me melancólica. Sinto, dentro de mim, uma calma e confusão imensas, misturadas intensamente num rol de emoções e pensamentos. Um daqueles dias em que olho para tudo e tudo me parece diferente, mais distante, triste, pesado, frio.
Um ciclo fecha-se na minha vida; umas coisas mudam, outras permanecem iguais. E, assim, sigo, neste estranho dia, embalada pelos sentimentos que me deixam concentrada na essência da vida; assim, espero, olhando ansiosamente o relógio, à espera que o tempo passe, como que à espera que as nuvens descubram o Sol, que as ondas voltem a rolar nas praias, talvez à espera de voltar a ouvir a palavra doce de um Amigo… enfim, quase que à espera do momento em que voltarei a sentir-me plenamente feliz e realizada.

Sempre à espera de algo (mas à espera de quê? Estarei à espera de algo melhor? Mas que "algo" é este?) e com tanto a passar-se à minha volta... que nem sei para que lado em hei-de virar. Isto é normal?

Porquê, porquê, porquê?! Odeio sentir-me assim, porque não me sinto bem nem mal. Simplesmento sinto-me e sinto-me demasiado!... E não encontro uma razão!

Espero que isto amanhã passe... a minha instabilidade emocional há-de servir para me trazer aqueles dias alegres, felizes e simplesmente fantásticos que eu já conheço tão bem, sem eu estar à espera... e então torna-se tudo muito mais maravilhoso. Porque o que é inesperado é tudo muito melhor, e eu adoro surpresas...

sexta-feira, maio 23, 2008

Onze minutos...


"Tudo me diz que estou prestes a tomar uma decisão errada, mas os erros são uma maneira de agir.
O que quer o mundo de mim?
Que não corra riscos?
Que volte de onde vim, sem coragem de dizer "sim" à vida?
Já agi mal quando tinha onze anos, e um menino me pediu um lápis emprestado; desde então, entendi que não existe uma segunda oportunidade, é melhor aceitar os presentes que o mundo oferece. Claro que é arriscado, mas será que o risco é maior do que um acidente no autocarro, que levou 48 horas para me trazer até aqui??
Se tenho de ser fiel a alguém ou a alguma coisa, em primeiro lugar tenho de ser fiel a mim mesma.
Se busco o amor verdadeiro, preciso primeiro ficar cansada dos amores medíocres que encontrei...
A pouca experiência de vida que tenho, ensinou-me que ninguém é dono de nada, tudo é uma ilusão - e isso vai dos bens materiais aos bens espirituais.
Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida (algo que já me aconteceu tantas vezes), acaba por aprender que nada lhe pertence.
E se nada me pertence, tão pouco preciso de gastar o meu tempo cuidando das coisas que não são minhas; é melhor viver como se hoje fosse o primeiro (ou o último) dia da minha vida..."

(Excerto do livro onze minutos de Paulo Coelho)

Achei lindo este excerto e tão verdadeiro...