Este não é um lugar de respostas. Aqui apenas lerás aquilo que eu quiser que tu leias.
Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...
quarta-feira, setembro 24, 2008
Espera...
Espera…
Não partas já…
Ouve o que ainda tenho para te dizer…
Remexendo as cinzas do passado, encontrei um cristal que ainda reluz…
As cartas… os postais… o postal… o último postal…
A lembrança de um tempo que não tem fim…
A recordação intemporal da mais bela história… a nossa história…
A voz… o timbre da tua voz que calava a poluição sonora.
O sorriso… o teu sorriso que dava mais cor às pedras do Arquinho.
As brincadeiras… o espelho da nossa infantilidade…
A porta da tia velhinha… O smoking…
A timidez disfarçada pelo riso estridente que fazia eco nas muralhas…
O aviso da partida… duma partida sem regresso.
As lágrimas entrecortadas por promessas…
Os beijos… os cálidos beijos, cátedra do nosso amor.
Mais tarde a aparição na tua praia, onde todos se atropelavam mas só nós existíamos… Olhares suspensos… palavras mudas… inquietude traduzida em silêncio…
Corri para o mar na esperança de afogar uma visão que me cegou.
Infrutíferas braçadas…
A âncora partiu-se…
Resta-me a estrela, a nossa estrela que irá perpetuar um sonho que foi nosso.
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2 comentários:
Aqui ficam os meus parabens por mais uma obra linda.
Cada palavra tua penetra no meu coração e leva-me ao encontro das minhas mais profundas recordações.
Recordar é viver e eu sinto-me viva a cada poema teu.
Beijo
Bonito texto.
Os pequenos objectos e lembranças têm um valor incalculável, que a tua vida seja preenchida de pequenas lembranças, momentos inesquecíveis repletos de uma felicidade eterna.
beijinhos.
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