Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

quarta-feira, maio 25, 2011



Uma vez disseram-me...

"Tens alma de artista. Não te esqueças disso."






Não esqueci.

Deve ser por isso que volta e meia me sinto miserável.

Não cumpro o meu destino.









[tudo isto dito como desabafo, sem a porra de pretensiosismos.]

segunda-feira, maio 16, 2011



Momentos que não fazem sentido!


Momentos onde nós não fazemos qualquer sentido!

Perdidos em angústias, recordações, perdas...

Perdemo-nos dentro de nós. Perdemo-nos em memórias intermináveis.

Perco as forças. Quero gritar mas não sei o caminho para a minha voz!

Não sei...

Não sei o que faço aqui...

Porque, apesar de tudo, continuo aqui...

Não sei...

Não sei escrever coisas bonitas, a frieza invade a tinta da caneta.

Não sei escrever sentimentos, apenas sei senti-los!

Não sei...

Sei o que sinto.

Sei que sinto que gosto de ti como se te conhecesse desde sempre.

Sei que gosto de passar horas e horas a conversar contigo, sobre tudo e sobre nada.

Sei a pessoa fantástica que és.

Sei que me fazes rir, descontroladamente.

Sei que não quero nunca perder a tua amizade...

Apenas sei... que te adoro!!!

segunda-feira, maio 09, 2011




Diz quem sabe que só nos apercebemos de como nos sentimos com determinado momento quando ele já faz parte do passado.

Nunca gostei de surpresas, principalmente porque raramente reajo como é esperado.
Até que aprendi a surpreender-me a mim mesma e a gostar de como me sentia.
Bastou para isso entregar-me inteira, sem medos, aos momentos.

Ultimamente sou surpreendida quase diariamente e a sensação é tão doce como a brisa que me toca no rosto durante o pôr-do-sol.

É essa sensação que vou buscar quando o mundo abana.


terça-feira, maio 03, 2011



Há dias e dias.
Há dias em que apetece e outros em que não apetece.
Há dias em que tenho paciência e outros em que é melhor nem me dizerem nada. Mas não respondo mal, apenas não respondo. Nesses dias sou ainda mais fechada.
Há dias em que gosto mais da noite.
São os dias em que a Lua me chama mais cedo.
Há dias em que apetece conversar…mas há outros dias em que nem uma palavra me apetece articular. São os dias em que penso demasiado. Não deviam existir esses dias.
Há dias em que sinto saudades e me dói mas há outros em que apesar das saudades serem imensas gosto da dor. É bom sentir que mesmo passado um mar de tempo tudo está no devido lugar.
Há dias em que o sono tarda e só me apetece escrever…mas pouco ou nada escrevo e por isso fico irrequieta e ainda com menos sono.
E depois há dias em que o sono vem com um peso imenso e me faz afundar em qualquer sítio, morrendo completamente para o mundo. Nesses dias sonho imenso e muitas vezes fico dias e dias angustiada com os sonhos/pesadelos.
Há dias em que não sei o que me apetece e acabo por me confessar às paredes.
Noutros dias vejo dez episódios seguidos da minha série favorita e nem dou pelo tempo passar, mas passou e a vida seguiu o seu rumo normal só que eu nem dei por isso.
Há dias em que me apetece abraçar muito e beijar muito e há outros dias em que só me apetece um abraço  interminável.
Mas todos os dias…em cada dia me apetecem o cheiro no pescoço, o conforto do afecto e o amor que sinto.

segunda-feira, maio 02, 2011




Sem esperar a vida manda parar.
Assim, sem mais nem menos.
Pára!
Na maior parte das vezes em que esta imperiosa ordem surge abruptamente vai a vida de vento em popa, de cabelos e rosto ao vento. É sempre sem esperar. Surge uma parede de cimento com imagens e sons que nos recordam que a realidade dos dias é bem mais dura do que se imagina.
Mesmo quando se vive de pés assentes na terra, sem ilusões.
Sim, sem ilusões porque as paredes de cimento são já demasiadas e já me ensinaram que não vale a pena esperar nada de nada nem de ninguém.
Vale bem a pena viver serenamente, um dia de cada vez, sem projectos ou sonhos, apenas com o desejo que do dia de hoje se retire algo melhor do que de ontem. Se tal não acontecer agarro-me ao clichet de “melhores dias virão” e conformo-me que na realidade vale mais apreciar o amor, os desejos e as estrelas hoje do que pensar se amanhã existirão ou não.

Apesar de tudo…sinto-me bem e isso vale mais que tudo.