Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Sem ti



O caminho parece mais longo do que o habitual, talvez seja a ânsia de estar num lugar calmo, onde por entre silêncios profundos, me confesso...
Olho a paisagem, e vejo que estou a chegar...
Continuo com o olhar fixo, na esperança de que tenha aparecido algo novo, desde a última vez que aqui estive...
Mas não!
Está tudo igual...
Percorro as ruas estreitas, onde as cabanas, parecem ter-se erguido do nada...
Olho com atenção, para aquelas pessoas... Sinto magia no ar!
O que vejo é uma obra prima da natureza...
Continuo a minha caminhada, e chego finalmente ao meu destino!
Galgo as dunas, e sento-me á beira-mar!...
E, aí, desligada de tudo e ligada a nada, penso na minha vida, lembro-me de ti, e... contemplo o horizonte...
Sinto a brisa suave no meu rosto...
Imagino-te, no doce balançar das ondas, no calor da areia sob minhas pernas...
E a tua presença parece tão real...
Tenho nos lábios um leve sabor salgado, mas não é da proximidade com o mar...
Não!
É o sabor da mágoa... O sabor da tua ausência...
Em jeito de despedida, o vento sopra cada vez mais forte, mas o que me diz, não é um "Adeus", mas um "Até sempre"...
E, eu lá voltarei num outro dia...
Numa outra hora...
Numa outra vida...
Mas sempre com o mesmo sentimento!...

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Os meus caminhos!



Vagueio sem destino, perdida nesta estranha estrada chamada presente, sofrendo tento descobrir o caminho que me levará ao passado, preciso encontrar o desvio onde me perdi, deixei o meu "eu" abandonado e agora preciso resgatá-lo para dar vida a esta imagem que sou... E enfrentar a auto-estrada do futuro...
Passo cabisbaixa pela multidão tentando recordar-me o que aconteceu.
Terá sido a doença quase fatal que me cravou as suas garras na Primavera de 1999?
Ou a morte inesperada do meu pai na Primavera de 2000?
Terão sido as lágrimas contidas que me enevoaram a alma fazendo-me perder o rumo?
Ou a tristeza guardada num coração já moribundo...
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