Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

terça-feira, janeiro 27, 2009

Liberdade

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Careço de dias assim...
De profundo silêncio!
Entregue a mim mesma.
Observar com atenção, tudo o que se passa à minha volta
e, reflectir...
Olhar para trás, mas seguir sempre em frente!
Sinto uma enorme vontade de fugir... E como um barco, soltar as amarras que me prendem ao porto, e navegar por mares ainda por descobrir.
Apetece-me dizer Adeus!...
Adeus a tudo...
Ao mundo, à vida que deixo para trás!
Sinto-me como um pássaro, preso numa gaiola, tenho necessidade de me sentir livre, tenho urgência em voar... navegar...desatar os nós, que me prendem a esta vida...
Apetece-me largar tudo, os hábitos, os dias consecutivos e rotineiros, e não sentir saudades nem melancolia...
Preciso sonhar...
Sonhar bem alto...
Necessito me redescobrir...

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Perdidos...




Olho em volta...
Nada faz sentido!
Tu não fazes sentido!
Eu não faço sentido!
Nós não existimos...!
Vives num tempo, de que eu só tenho memória, de momentos de que não te posso resgatar...
Quando te olho nos olhos, pergunto-me, o que vês...
Estão repletos de algo que não consigo entender, e tão vazios de mim...
Pergunto-me se valerá a pena, querer derrubar esse muro que ergueste em torno de ti...
E não entendes, que nessas breves escapadelas me deixas só...
Sinto-me indesejada...
Às vezes tenho medo de perder-te para esse mundo de memórias e ilusões...
Outras vezes, apetece-me abrir-te a porta e convidar-te a saír, numa derradeira tentativa de te mostrar, que os castelos que construiste um dia, o mar levou-os, nos seus momentos de fúria...
E todos os sonhos de infância foram engolidos pela maré cheia!
Estou cansada de brincar ao faz de conta...
Doem-me as palavras que calo, em discussões inúteis.
Engulo argumentos que nunca vais entender.
Finjo sorrisos para disfarçar, a imensa tristeza que me destrói a alma.
Ferem-me os gestos oprimidos, na ânsia de um abraço!
Secam os lábios com sede de um beijo.
Grito a minha revolta em silêncios profundos.
Desvio o olhar... E, neste gesto, escondo toda a minha desilusão...