E esta saudade incontrolável que não me deixa respirar, que me aperta o peito como uma enorme mão invisivel e que vai esmagando o meu coração lentamente até secá-lo de dor.
Passou pouco tempo, é certo... mas a tua ausência da minha vida tem ares de eternidade.
Não sei até quando vou conseguir manter-te vivo em mim, o melhor mesmo seria expulsar-te de uma vez por todas, mas eu confesso que não sei se é isso que quero.
Eu sei que te desiludi, menti, ocultei coisas e que esperavas mais de mim... mas tu também me desiludiste!
Eu não mudei... sou a mesma pessoa.
As minhas opiniões, as ideias, o que penso, o que julgo, o que sinto, o que gosto, os sonhos, os medos, a voz... nada mudou. E isto sim, faz de mim a pessoa que sou interiormente.
Mas parece que uma imagem vale mais que uma personalidade...
Diz o velho clichê que o tempo tudo cura, não sei se é verdade, mas pelo menos deve atenuar o que sinto e quem sabe eu daqui a dias não mude o tempo do verbo AMAR para um Pretérito Imperfeito do Indicativo:
EU AMAVA...
Um dia ainda vou chegar à conclusão que afinal só tinha saudades de mim...