Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

segunda-feira, outubro 24, 2011

Dou comigo a segurar o queixo com ambas as mãos, estranhamente inconscientemente e alheia a tudo o que me rodeia.

Não me lembro de nada do que me perguntaste, ou sequer se me perguntaste alguma coisa...
Desliguei o botão da realidade a partir daquele instante em que a nossa conversa passou a ser um simples monólogo teu e as minhas sucessivas tentativas de participação e manifestações de entusiasmo, pura e simplesmente foram ignoradas. A minha boca foi obrigada a permanecer calada ainda que se tivesse aberto numa clara menção de intenção de falar, cheia de vontade de proferir ideias e pontos de vista. Tornaste-te o dono e senhor da palavra, remetendo-me ao silêncio involuntário com o papel de simples ouvinte, como tanto te convinha.
A tua determinação em mostrar o poder de liderança numa simples conversa banal, onde só tu é que contavas, onde só tu é que eras importante e tinhas coisas igualmente importantes para dizer, subestimando o que eu pudesse ter igualmente de importante para contar. Que ridícula forma essa que tens de te te afirmar!
Por isso, deixei de te ouvir e até de te ver, embora o meu corpo permanecesse diante de ti, com os olhos fixos no vazio cada vez maior, que as tuas palavras criavam em torno de nós.
A apatia tomou conta de mim e a minha mente salvou-me daquele purgatório, pegando nos meus pensamentos e voando dali para fora. Para bem longe do deserto onde me tinhas aprisionado e feito refém da tua mania egocêntrica de ser, teimosamente insistindo sempre em representar esse teu enfadonho e tão ridículo papel principal...

1 comentário:

s disse...

Concluo que foi o fim da infelicidade e pelas palavras só demonstra que essa pessoa não gostava de ti e não te dava o devido valor, não te merecia para ser mais preciso.
Deves desistir sempre de quem te magoa e te faz infeliz.

Beijinhos.