Qualquer dia destes fujo, mas fujo mesmo. Não me interessa o rumo, apenas fugir. Despegar-me da vida que tenho, começar de novo, numa nova identidade, se for preciso. Deixar tudo para trás. Não quero conhecer ninguém. Quero ser eu sozinha num mundo que tenciono explorar. Sem conhecidos, muito menos amigos. Não quero amparos velhos. Quero antes um novo conforto. Quero escolher e não ser escolhida. Inventar sem me magoar. Largar toda esta rotina viciante que me fez mal. Quero ser livre, pois aqui sinto-me acorrentada a tudo e todos. E que ninguém sinta que parti, quero desvanecer, evaporar no ar. Quero deixar de existir aqui. Quero renascer acolá. Quero ser o motivo da minha própria felicidade, quero puder ser eu a moldá-la, sem influências de ninguém. Quero desistir do que me deixa triste, lutar pelo que me fará feliz. Arriscar, com todas as consequências. Desprender-me de mim, renovar o meu eu. Quero nascer de novo. Mas lá; não aqui.
1 comentário:
Tantas contradições, o querer é a essência de cada um, não há impossíveis quando se tem vontade.
Não deves fugir de ti, isso não mas sim de tudo o que te magoa e deixa triste. Em relação ao começar de novo concordo mas sem cometer os erros do passado. Em relação ao não conhecer ninguém também desejo mas às vezes encontrámos pessoas boas e especiais outras nem tanto, é um risco. Em relação aos amigos não concordo é o nosso maior tesouro isto quando são amigos.
Acho que deves escolher sempre é um direito e pertence a cada um a escolha e a consequência dessa mesma escolha. Em relação a ninguém sentir a tua partida ou ausência não sei se é possível os amigos sentem, por muito que não queiras.
Estou plenamente de acordo com o desistir de tudo o que nos deixa triste e Eu só quero que sejas feliz sempre, não hoje, não durante uma semana, não durante um mês, mas sempre e luta sempre pela felicidade é a maior batalha que cada um tem.
Beijinhos.
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