Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples, belos e perfeitos!Ao abandono nos campos...

quinta-feira, outubro 08, 2009

O meu outono


O dia acordou cinzento, por mais que tente não consigo evitar a melancolia que a falta de sol me provoca!
É como se as nuvens tivessem o poder de sugar a minha alegria, para depois a espalhar por aí, em forma de chuva...
Pela janela entreaberta vejo as ruas vestidas de folhas douradas, anunciando-me a chegada do Outono.
Na rua, a brisa morna acolhe-me com cheiro a maresia.
Desço a avenida que me leva até à praia, sento-me num banco agora vazio de sonhos de verão.
Fixo a linha do horizonte!
Ouço o som das ondas na areia fina, sinto o cheiro das algas misturado com o do peixe, no céu as gaivotas movimentam-se em círculos perfeitos...
Mas o meu olhar continua preso naquela linha que separa o mar do céu, tão ténue como a linha da minha vida...
O vento provoca o mar, e as ondas vingam-se nas rochas mas elas mantêm-se firmes!
Eu já fui assim...
Forte!
Já enfrentei tempestades, já nadei em mares revoltos, já perdi o Norte, mas encontrei sempre o meu Sul...
Já estive frente a frente com a morte e amedrontei-a com o meu sorriso.
Ergo-me e percorro o caminho de volta, olho uma vez mais para o banco de jardim.
Fica só... como eu!
Á espera de mais promessas de verão...
Como eu...

2 comentários:

@--}--- de £ótus disse...

Eu então, já não espero promessas, porque como dizia o meu pai, quando eu lhe prometia qualquer coisa:
- De promessas filha, está o inferno cheio. Por isso não prometas, faz!

E é isso que eu hoje espero da vida, certezas!

Umas vezes consigo tê-las, no que me diz respeito. Dos outros, já não as tenho, mas também não quero que me prometam nada, porque podem não conseguir cumprir, então é melhor deixar andar e o que for... soará!
Como te dizia hoje, não me desiludo, porque não tenho ilusões!

Beijinhos.

s disse...

Gostei do texto mas deixa-me triste porque para além de gostar do mar e do sol, adoro os dias cinzentos e da chuva, a minha confidente amiga.

Sé quero e desejo que a forma conjugal das frases: Já enfrentei tempestades, já nadei em mares revoltos, já perdi o Norte, mas encontrei sempre o meu Sul...
Já estive frente a frente com a morte e amedrontei-a com o meu sorriso.


mude para um presente e um futuro sorridente.

Sabes quando deves dizer isso? 1 minutos antes de morreres e mesmo assim, deves terminar com vivi e fiz tudo o queria.

Desculpa, mas é isto que eu desejo a ti.

beijinhos.